“O principal objetivo da Terapia Psicológica, não é transportar o paciente para um impossível estado de felicidade, mas sim ajudá-lo a adquirir firmeza e paciência diante do sofrimento. A vida acontece no equilíbrio entre a alegria e a dor. Quem não se arrisca para além da realidade jamais encontrará a verdade.” Carl Gustav Jung

domingo, 7 de novembro de 2010

Transtorno Boderline

A característica essencial do Transtorno da Personalidade Borderline é um padrão invasivo de instabilidade dos relacionamentos interpessoais, auto-imagem e afetos, e acentuada impulsividade que começa no início da idade adulta e está presente em uma variedade de contextos.

Os indivíduos com Transtorno da Personalidade Borderline fazem esforços frenéticos para evitarem um abandono real ou imaginado. A percepção da separação ou rejeição iminente ou a perda da estrutura externa podem ocasionar profundas alterações na auto-imagem, afeto, cognição e comportamento.

Esses indivíduos são muito sensíveis às circunstâncias ambientais. Eles experimentam intensos temores de abandono e raiva inadequada, mesmo diante de uma separação real de tempo limitado ou quando existem mudanças inevitáveis em seus planos (por ex., reação de súbito desespero quando o clínico anuncia o final da sessão; pânico ou fúria quando alguém que lhes é importante se atrasa apenas alguns minutos ou precisa cancelar um encontro). Eles podem acreditar que este "abandono" implica que eles são "maus". Esse medo do abandono está relacionado a uma intolerância à solidão e a uma necessidade de ter outras pessoas consigo. Seus esforços frenéticos para evitar o abandono podem incluir ações impulsivas tais como comportamentos de automutilação ou suicidas, que são descritos separadamente no Critério 5.

Os indivíduos com Transtorno da Personalidade Borderline têm um padrão de relacionamentos instáveis e intensos. Eles podem idealizar potenciais cuidadores ou amantes já no primeiro ou no segundo encontro, exigir que passem muito tempo juntos e compartilhar detalhes extremamente íntimos na fase inicial de um relacionamento. Pode haver, entretanto, uma rápida passagem da idealização para a desvalorização, por achar que a outra pessoa não se importa o suficiente, não dá o bastante, não está "ali" o suficiente.

Esses indivíduos podem sentir empatia e carinho por outras pessoas, mas apenas com a expectativa de que a outra pessoa "estará lá" para também atender às suas próprias necessidades, quando exigido. Estes indivíduos estão inclinados a mudanças súbitas e dramáticas em suas opiniões sobre os outros, que podem ser vistos alternadamente como suportes benévolos ou como cruelmente punitivos. Tais mudanças freqüentemente refletem a desilusão com uma pessoa cujas qualidades de devotamento foram idealizadas ou cuja rejeição ou abandono são esperados.

Pode haver um distúrbio de identidade caracterizado por uma auto-imagem ou sentimento de self acentuado e persistentemente instável. Mudanças súbitas e dramáticas são observadas na auto-imagem, caracterizadas por objetivos, valores e aspirações profissionais em constante mudança. O indivíduo pode exibir súbitas mudanças de opiniões e planos acerca da carreira, identidade sexual, valores e tipos de amigos. Esses indivíduos podem mudar subitamente do papel de uma pessoa suplicante e carente de auxílio para um vingador implacável de maus tratos passados.

Embora geralmente possuam uma auto-imagem de malvados, os indivíduos com este transtorno podem, por vezes, ter o sentimento de não existirem em absoluto. Tais experiências habitualmente ocorrem em situações nas quais o indivíduo sente a falta de um relacionamento significativo, carinho e apoio. Esses indivíduos podem apresentar pior desempenho em situações de trabalho ou escolares não estruturados.

Os indivíduos com este transtorno exibem impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente prejudiciais para si próprios. Eles podem jogar, fazer gastos irresponsáveis, comer em excesso, abusar de substâncias, engajar-se em sexo inseguro ou dirigir de forma imprudente. As pessoas com Transtorno da Personalidade Borderline apresentam, de maneira recorrente, comportamento, gestos ou ameaças suicidas ou comportamento automutilante.

O suicídio completado ocorre em 8 a 10% desses indivíduos, e os atos de automutilação (por ex., cortes ou queimaduras), ameaças e tentativas de suicídio são muito comuns. Tentativas recorrentes de suicídio são, freqüentemente, a razão pela qual estes indivíduos buscam auxílio. Tais atos autodestrutivos geralmente são precipitados por ameaças de separação ou rejeição ou por expectativas de que assumam maiores responsabilidades.

A automutilação pode ocorrer durante experiências dissociativas e freqüentemente traz alívio pela reafirmação da capacidade de sentir ou pela expiação do sentimento de ser mau.

Os indivíduos com Transtorno da Personalidade Borderline podem apresentar instabilidade afetiva, devido a uma acentuada reatividade do humor (por ex., disforia episódica intensa, irritabilidade ou ansiedade, em geral durando algumas horas e apenas raramente mais de alguns dias).

O humor disfórico básico dos indivíduos com Transtorno da Personalidade Borderline muitas vezes é perturbado por períodos de raiva, pânico ou desespero e, raramente, é aliviado por períodos de bem-estar ou satisfação. Esses episódios podem refletir a extrema reatividade do indivíduo a estresses interpessoais. Os indivíduos com Transtorno da Personalidade Borderline podem ser incomodados por sentimentos crônicos de vazio.

Facilmente entediados, podem estar sempre procurando algo para fazer. Os indivíduos com este transtorno freqüentemente expressam raiva intensa e inadequada ou têm dificuldade para controlar sua raiva. Eles podem exibir extremo sarcasmo, persistente amargura ou explosões verbais.

A raiva freqüentemente vem à tona quando um cuidador ou amante é visto como negligente, omisso, indiferente ou prestes a abandoná-lo. Tais expressões de raiva freqüentemente são seguidas de vergonha e culpa e contribuem para o sentimento de ser mau.

Durante períodos de extremo estresse, podem ocorrer ideação paranóide ou sintomas dissociativos transitórios (por ex., despersonalização), mas estes em geral têm gravidade ou duração insuficiente para indicarem um diagnóstico adicional.

Estes episódios ocorrem mais comumente em resposta a um abandono real ou imaginado. Os sintomas tendem a ser transitórios, durando minutos ou horas. O retorno real ou percebido do carinho da pessoa cuidadora pode ocasionar uma remissão dos sintomas.


Fonte: DSM.IV


Tratamento de Boderline em Jaguariúna: Clínica Selten - F: (19) 3837-4213

TOC / Transtorno Obsessivo-Compulsivo

As características essenciais do TOC- Transtorno Obsessivo-Compulsivo são obsessões ou compulsões recorrentes suficientemente severas para consumirem tempo (isto é, consomem mais de uma hora por dia) ou causar sofrimento acentuado ou prejuízo significativo.

Em algum ponto durante o curso do transtorno, o indivíduo reconheceu que as obsessões ou compulsões são excessivas ou irracionais.

As obsessões são idéias, pensamentos, impulsos ou imagens persistentes, que são vivenciados como intrusivos e inadequados e causam acentuada ansiedade ou sofrimento. A qualidade intrusiva e inadequada das obsessões é chamada de "ego-distônica".

O termo refere-se ao sentimento do indivíduo de que o conteúdo da obsessão é estranho, não está dentro de seu próprio controle nem é a espécie de pensamento que ele esperaria ter. Entretanto, ele é capaz de reconhecer que as obsessões são produto de sua própria mente e não impostas a partir do exterior (como na inserção de pensamento).

As obsessões mais comuns são pensamentos repetidos acerca de contaminação (por ex., ser contaminado em apertos de mãos), dúvidas repetidas (por ex., imaginar se foram executados certos atos, tais como ter machucado alguém em um acidente de trânsito ou ter deixado uma porta destrancada), uma necessidade de organizar as coisas em determinada ordem (por ex., intenso sofrimento quando os objetos estão desordenados ou assimétricos), impulsos agressivos ou horrorizastes (por ex., de machucar o próprio filho ou gritar uma obscenidade na igreja) e imagens sexuais (por ex., uma imagem pornográfica recorrente).

Os pensamentos, impulsos ou imagens não são meras preocupações excessivas acerca de problemas da vida real (por ex., preocupação com dificuldades atuais, como problemas financeiros, profissionais ou escolares) e não tendem a estar relacionados a um problema da vida real.

O indivíduo com obsessões em geral tenta ignorar ou suprimir esses pensamentos ou impulsos ou neutralizá-los com algum outro pensamento ou ação (isto é, uma compulsão). Um indivíduo assaltado por dúvidas acerca de ter desligado o gás do fogão, por exemplo, procura neutralizá-las verificando repetidamente para assegurar-se de que o fogão está desligado.

As compulsões são comportamentos repetitivos (por ex., lavar as mãos, ordenar, verificar) ou atos mentais (por ex., orar, contar, repetir palavras em silêncio) cujo objetivo é prevenir ou reduzir a ansiedade ou sofrimento, ao invés de oferecer prazer ou gratificação.

Na maioria dos casos, a pessoa sente-se compelida a executar a compulsão para reduzir o sofrimento que acompanha uma obsessão ou para evitar algum evento ou situação temida. Por exemplo: os indivíduos com obsessões de contaminação podem reduzir seu sofrimento mental lavando as mãos a ponto de irritarem a pele; os indivíduos afligidos por obsessões de terem deixado uma porta destrancada podem ser levados a verificar repetidamente a fechadura, em intervalos de minutos; indivíduos afligidos por pensamentos blasfemos e indesejados podem encontrar alívio contando até 10 em ordem crescente e decrescente, 100 vezes por cada pensamento.

Em alguns casos, os indivíduos realizam atos rígidos ou estereotipados de acordo com regras idiossincraticamente elaboradas, sem serem capazes de indicar por que os estão executando. Por definição, as compulsões ou são claramente excessivas, ou não têm conexão realista com o que visam a neutralizar ou evitar. As compulsões mais comuns envolvem lavar e limpar, contar, verificar, solicitar ou exigir garantias, repetir ações e colocar objetos em ordem.

Por definição, os adultos com Transtorno Obsessivo-Compulsivo-TOC reconheceram, em algum ponto, que as obsessões ou compulsões são excessivas ou irracionais. Esta exigência não se aplica a criança, pois lhes falta consciência cognitiva suficiente para tal discernimento. Entretanto, mesmo em adultos, existe uma ampla faixa de insight quanto à racionalidade das obsessões e compulsões. Alguns indivíduos não têm certeza quanto à racionalidade de suas obsessões ou compulsões, podendo o insight de um determinado indivíduo variar em diferentes momentos e situações. Por exemplo, a pessoa pode reconhecer que uma compulsão de contaminação é irracional ao discuti-la em uma "situação segura" (por ex., no consultório do terapeuta), mas não quando forçada a manusear dinheiro.

Nos momentos em que o indivíduo reconhece que as obsessões e compulsões são irrealistas, ele pode desejar ou tentar resistir a elas. Ao fazê-lo, pode ter a sensação de crescente ansiedade ou tensão freqüentemente aliviada cedendo à compulsão. No curso do transtorno, depois de repetidos fracassos em resistir às obsessões ou compulsões, o indivíduo pode ceder a elas, não mais experimentar um desejo de resistir e incorporá-las em suas rotinas diárias.

As obsessões ou compulsões devem causar acentuado sofrimento, consumir tempo (mais de 1 hora por dia) ou interferir significativamente na rotina normal, funcionamento ocupacional, atividades sociais habituais ou relacionamentos do indivíduo.

As obsessões ou compulsões podem substituir um comportamento útil e gratificante e perturbar em muito o funcionamento geral.

Uma vez que intrusões obsessivas podem provocar distração, elas freqüentemente resultam em desempenho ineficiente em tarefas cognitivas que exigem concentração, tais como leitura situações que provocam obsessões ou compulsões. Esta esquiva pode tornar-se extensiva e restringir severamente o funcionamento geral.

Características
Características descritivas e transtornos mentais associados. Freqüentemente, existe esquiva de situações que envolvam o conteúdo das obsessões, tais como sujeira ou contaminação. Por exemplo, uma pessoa com obsessões envolvendo sujeira pode evitar banheiros públicos ou cumprimentar a estranhos.

Preocupações hipocondríacas são comuns, com repetidas consultas a médicos em busca de garantias. Culpa, um sentimento patológico de responsabilidade e perturbações do sono pode estar presente. Pode haver uso excessivo de álcool ou medicamentos sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos.

A execução das compulsões pode tornar-se uma importante atividade na vida da pessoa, levando a séria deficiência no relacionamento conjugal, ocupacional ou social. A esquiva generalizada pode confinar o indivíduo ao lar.

Características Específicas à Cultura.
O comportamento ritual prescrito pela cultura não indica, em si mesmo, um Transtorno Obsessivo-Compulsivo, a menos que exceda as normas culturais, ocorra em momentos e locais considerados impróprios por outros indivíduos da mesma cultura e interfira no funcionamento social. Importantes transições vitais e o luto podem levar a uma intensificação do comportamento ritualístico, podendo parecer uma obsessão ao clínico não familiarizado com o contexto cultural.

As apresentações do Transtorno Obsessivo-Compulsivo em crianças geralmente são similares àquelas da idade adulta. Lavagens, verificação e rituais de organização são particularmente comuns em crianças. As crianças em geral não solicitam ajuda, e os sintomas podem não ser ego-distônicos.

Com maior freqüência, o problema é identificado pelos pais, que levam a criança a tratamento. Declínios graduais no rendimento escolar, secundários ao prejuízo da capacidade de concentração, têm sido relatados. Como os adultos, as crianças tendem mais a envolver-se em rituais em casa do que na frente de seus pares, de professores ou estranhos.
Este transtorno é igualmente comum nos dois sexos.

Curso
Embora o Transtorno Obsessivo-Compulsivo em geral inicie na adolescência ou começo da idade adulta, ele pode aparecer na infância. A idade modal de início é mais precoce para os homens, a saber, entre os 6 e os 15 anos para os homens e entre os 20 e os 29 anos para as mulheres.

Com maior freqüência, o início é gradual, mas um início agudo é observado em alguns casos. A maioria dos indivíduos tem um curso crônico de vaivém dos sintomas, com exacerbações possivelmente relacionadas ao estresse. Cerca de 15% apresentam deterioração progressiva no funcionamento profissional e social. Cerca de 5% têm um curso episódico, com sintomas mínimos ou ausentes entre os episódios.


O Transtorno da Personalidade Obsessivo-Compulsiva não se caracteriza pela presença de obsessões ou compulsões, sendo que, ao invés disso, envolve um padrão invasivo de preocupação com organização, perfeccionismo e controle e deve iniciar-se nos primeiros anos da idade adulta. Se um indivíduo manifesta sintomas tanto de Transtorno Obsessivo-Compulsivo quanto de Transtorno da Personalidade Obsessivo-Compulsiva, ambos os diagnósticos podem ser dados.

As superstições e os comportamentos repetitivos de verificação são encontrados com freqüência na vida cotidiana. Um diagnóstico de Transtorno Obsessivo-Compulsivo deve ser considerado apenas se houver um consumo de tempo considerável ou se decorrer daí um prejuízo ou sofrimento clinicamente significativos.

Diagnósticos para TOC- Transtorno Obsessivo-Compulsivo
A. Obsessões ou compulsões:
(1) pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e persistentes que, em algum momento durante a perturbação, são experimentados como intrusivos e inadequados e causam acentuada ansiedade ou sofrimento
(2) os pensamentos, impulsos ou imagens não são meras preocupações excessivas com problemas da vida real
(3) a pessoa tenta ignorar ou suprimir tais pensamentos, impulsos ou imagens, ou neutralizá-los com algum outro pensamento ou ação
(4) a pessoa reconhece que os pensamentos, impulsos ou imagens obsessivas são produto de sua própria mente (não impostos a partir de fora, como na inserção de pensamentos)

Compulsões

(1) comportamentos repetitivos (por ex., lavar as mãos, organizar, verificar) ou atos mentais (por ex., orar, contar ou repetir palavras em silêncio) que a pessoa se sente compelida a executar em resposta a uma obsessão ou de acordo com regras que devem ser rigidamente aplicadas.
(2) os comportamentos ou atos mentais visam a prevenir ou reduzir o sofrimento ou evitar algum evento ou situação temida; entretanto, esses comportamentos ou atos mentais não têm uma conexão realista com o que visam a neutralizar ou evitar ou são claramente excessivos.

Fonte: DSM.IV


Tratamento de TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo) em Jaguariúna: Clínica Selten - F: (19) 3837-4213

Timidez

Ansiedade social é o que quase todas as pessoas têm um pouco. É algum tipo de timidez em determinadas situações sociais. Por exemplo quando alguém é um pouco reservado num primeiro encontro, ou quando fica ansioso ao ter de falar na frente de um grupo de pessoas, seja num ambiente mais formal ou informal.
Esses sentimentos são muito comuns, e a maioria das pessoas é capaz de lidar com esses pensamentos e sentimentos que ocorrem em algumas fases de suas vidas. Essas pessoas sabem que toda a gente os tem e simplesmente colocam de lado o receio e a ansiedade e continuam a fazer o que é mais importante nas suas vidas. No entanto, para algumas pessoas essas mesmas experiências ou situações podem ser vividas com grande mal-estar e esse mal-estar é referido como Fobia Social/timidez.
O núcleo da fobia social/Timidez é a necessidade de ser aceito e aprovado pelos outros. São pessoas inseguras e com baixa auto-estima, tem dificuldade de se auto-afirmar diante de pessoas que representam autoridades (pais) e quando se expõem diante de pessoas, ou situações que causam muitas tensões emocionais. Ela tem dificuldade de se impor de uma maneira natural agressiva, dispondo de certa dosagem de raiva que faz parte de uma personalidade sadia e madura, quando enfrenta uma situação de estresse emocional ou diante de uma situação de perigo.
Porque quando enfrentamos uma situação de perigo, nosso corpo reage nos protegendo liberando uma carga de adrenalina que vai para a musculatura para que tenhamos uma reação de fuga ou luta tão necessária para nossa sobrevivência.
O fóbico social aprendeu a negar sua agressividade natural, reprimindo sua raiva instintiva tão necessária para sua confiança interna e uma boa auto-estima.
Ele aprendeu a ser bonzinho, a ser um bom filho para agradar os pais, acreditando que dessa maneira seria aceito e amado por eles. Mas quando ele precisa utilizar sua força (agressividade) tão natural no ser humano, ele tem dificuldade para acessá-la, pois ela esta reprimida e muito inconsciente.
Portanto, ele precisa sempre agradar os outros, procurando ser aceito e aprovado. Por isso, sua auto estima é muito baixa, não tem confiança nele mesmo por não saber se defender. Então as outras pessoas ganham uma grande importância em sua vida, tal a necessidade de ser aceito e aprovado por elas, assim como era por seus pais.
É preciso entender que sua segurança e confiança estão fora dele, nas outras pessoas assim como estava nos seus pais. Possuindo baixa auto-estima (amor próprio baixo), isto é ele não se ama e se respeita como deveria; então ele procura esse amor (aprovação nos outros) fora dele, correndo um grande risco de ser rejeitado e desaprovado.
Então muitas vezes ele não se respeita, passando por cima de seus verdadeiros sentimentos, fazendo coisas que não gosta, vestindo e representando um papel de bonzinho para agradar os outros, evitando dessa forma desagradar os amigos e correndo o risco de perder suas amizades.
Muitas vezes quando ele não respeita seus verdadeiros sentimentos, não se impondo, dando limites aos outros, dizendo não para coisas que não gosta, ele convive com uma angustia muito forte que geralmente o leva a depressão.
Quando não somos autênticos e verdadeiros com nossos sentimentos, a depressão esta sempre rondando nossa vida. A depressão sempre nos mostra que estamos fugindo da nossa essência e da nossa verdade interna, que estamos desconectados de nosso coração, por medo da rejeição e de não sermos aceitos e aprovados pelos outros.
Em casos mais leves de fobia social, os pacientes são tomados por ansiedade excessiva quando desempenham tarefas na frente dos outros, como comer num restaurante, assinar um cheque ou outro documento qualquer, participar de uma dinâmica de grupo, de um seminário na faculdade, de uma entrevista de emprego e, principalmente, falar em público.
À medida que esse transtorno evolui, passa para um tipo que chamamos de generalizado e, além das situações de desempenho, a pessoa evita as que favorecem o contato interpessoal (ir a festas, ser apresentada a estranhos, iniciar uma paquera) e nas quais é indispensável perceber como está sendo sua aceitação pelo outro a fim de nortear a pauta para seu comportamento.
Muitas pessoas com fobia social deixaram de se formar na faculdade ou num curso de especialização porque no final seria necessária uma apresentação para a turma e isto seria intolerável. Pacientes que recusaram promoções no trabalho apesar de saberem que era competente o suficiente para a função, mesmo deixando de ganhar mais e bloqueando sua ascensão na empresa, unicamente pelo medo de terem que falar em reuniões de trabalho.
É preciso entender também que nosso corpo é emocional e reage conforme nossas emoções, procurando sempre nos proteger de situações perigosas. O pânico na fobia social ocorre uma tensão tão grande no plexo solar, como um aperto na barriga estrangulando-a como uma couraça (ver Reich) impedindo a descida do diafragma que representa cerca de 70% da respiração natural do nosso organismo. A respiração se torna superior peitoral cerca de 12% apenas, sendo curta e rápida provocando uma hiperventilação (ver mais detalhes), com isso o coração dispara, trabalhando mais rápido que o normal, o cérebro fica hiperventilado causando muita ansiedade e com dificuldade de discernir a realidade e os sentimentos que ocorrem no momento. Nesse momento acontece o chamado “branco” onde a pessoa esquece até o próprio nome. O cérebro entende que a pessoa esta em perigo, (como se tivesse diante de um leão), libera uma descarga grande de adrenalina para a pessoa reagir lutando ou fugindo.
Como a pessoa fóbica tem dificuldade de expressar sua agressividade natural, porque foi privada por seus pais, ela geralmente foge ou evita essas situações que causam grandes tensões emocionais, muitas vezes atrapalhando seu desempenho social e profissional.
Muitas pessoas utilizam o álcool para relaxar em ocasiões sociais, entretanto, para os pacientes com Fobia Social/timidez, a ansiedade associada com situações sociais freqüentemente resultam em dependência ao álcool. Esses pacientes utilizam o álcool para auxiliar em situações sociais que os deixam temerosos, e muitos o usam deliberadamente para aliviar os sintomas da ansiedade antecipatória.
Sintomas
Não há sintomas típicos de fobia social; como qualquer transtorno de ansiedade os sintomas são aqueles típicos de qualquer manifestação de ansiedade. O que caracteriza a fobia social particularmente é o desencadeamento dos sintomas sempre que a pessoa é submetida à observação externa enquanto executa uma atividade. Observa-se dentre os fóbicos tremores, sudorese, sensação de bolo na garganta, dificuldade para falar, mal estar abdominal, diarréia, tonteiras, falta de ar, vontade de sair do local onde se encontra o quanto antes. A preocupação por antecipação com as situações onde estará sob apreciação alheia, desperta a ansiedade antecipatória, fazendo com que o paciente fique vários dias antes de uma apresentação sofrendo ao imaginar-se na situação.
Não há sintomas típicos de fobia social; como qualquer transtorno de ansiedade os sintomas são aqueles típicos de qualquer manifestação de ansiedade. O que caracteriza a fobia social particularmente é o desencadeamento dos sintomas sempre que a pessoa é submetida à observação externa enquanto executa uma atividade. Observa-se dentre os fóbicos tremores, sudorese, sensação de bolo na garganta, dificuldade para falar, mal estar abdominal, diarréia, tonteiras, falta de ar, vontade de sair do local onde se encontra o quanto antes. A preocupação por antecipação com as situações onde estará sob apreciação alheia, desperta a ansiedade antecipatória, fazendo com que o paciente fique vários dias antes de uma apresentação sofrendo ao imaginar-se na situação.
Diagnóstico para Fobia Social:
  • Escrever ou assinar em público
  • Falar em público
  • Dirigir, estacionar um carro enquanto é observado.
  • Cantar ou tocar um instrumento musical
  • Comer ou beber em público
  • Ser fotografado ou filmado
  • Usar mictórios públicos (mais para homens)

Tratamento de Timidez em Jaguariúna: Clínica Selten - F: (19) 3837-4213

Insônia

A característica essencial da Insônia Primária é uma queixa de dificuldade para iniciar ou manter o sono ou de um sono não reparador, que dura no mínimo 1 mês e causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.

O distúrbio do sono não ocorre exclusivamente durante o curso de outro transtorno do sono ou de outro transtorno mental, nem se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância ou de uma condição médica geral.

Os indivíduos com Insônia Primária relatam, mais comumente, uma combinação de dificuldade em conciliar o sono e despertares intermitentes. Com menor freqüência, esses indivíduos podem queixar-se apenas de terem um sono não reparador, isto é, uma sensação de que seu sono foi inquieto, leve ou de má qualidade.

A Insônia Primária está associada, freqüentemente, com maior excitação fisiológica ou psicológica à hora de dormir, em combinação com um condicionamento negativo para o sono.

Uma acentuada preocupação e sofrimento devido à incapacidade de dormir podem contribuir para o desenvolvimento de um círculo vicioso: quanto mais o indivíduo luta para conciliar o sono, mais fica frustrado e aflito, e menos é capaz de adormecer.

Permanecer deitado em uma cama onde o indivíduo já passou freqüentes noites insones pode causar frustração e vigília condicionada. Inversamente, o indivíduo pode adormecer com maior facilidade quando não tenta fazê-lo (por ex., enquanto assiste televisão, lê ou anda de carro).

Alguns indivíduos com maior excitabilidade e condicionamento negativo relatam que dormem melhor quando afastados de seus próprios quartos e de suas rotinas habituais. A insônia crônica pode levar a uma redução das sensações de bem-estar durante o dia (por ex., deterioração do humor e motivação; menor atenção, energia e concentração e um aumento da fadiga e mal-estar).

Embora os indivíduos muitas vezes tenham a queixa subjetiva de fadiga diurna, os estudos polissonográficos geralmente não demonstram um aumento dos sinais fisiológicos de sonolência.

Fonte: DSM.IV


Tratamento de Insônia em Jaguariúna: Clínica Selten - F: (19) 3837-4213

Fobia Social

Ansiedade social é o que quase todas as pessoas têm um pouco. É algum tipo de timidez em determinadas situações sociais. Por exemplo quando alguém é um pouco reservado num primeiro encontro, ou quando fica ansioso ao ter de falar na frente de um grupo de pessoas, seja num ambiente mais formal ou informal.
Esses sentimentos são muito comuns, e a maioria das pessoas é capaz de lidar com esses pensamentos e sentimentos que ocorrem em algumas fases de suas vidas. Essas pessoas sabem que toda a gente os tem e simplesmente colocam de lado o receio e a ansiedade e continuam a fazer o que é mais importante nas suas vidas. No entanto, para algumas pessoas essas mesmas experiências ou situações podem ser vividas com grande mal-estar e esse mal-estar é referido como Fobia Social.
O núcleo da fobia social é a necessidade de ser aceito e aprovado pelos outros. São pessoas inseguras e com baixa auto-estima, tem dificuldade de se auto-afirmar diante de pessoas que representam autoridades (pais) e quando se expõem diante de pessoas, ou situações que causam muitas tensões emocionais. Ela tem dificuldade de se impor de uma maneira natural agressiva, dispondo de certa dosagem de raiva que faz parte de uma personalidade sadia e madura, quando enfrenta uma situação de estresse emocional ou diante de uma situação de perigo.
Porque quando enfrentamos uma situação de perigo, nosso corpo reage nos protegendo liberando uma carga de adrenalina que vai para a musculatura para que tenhamos uma reação de fuga ou luta tão necessária para nossa sobrevivência.
O fóbico social aprendeu a negar sua agressividade natural, reprimindo sua raiva instintiva tão necessária para sua confiança interna e uma boa auto-estima.
Ele aprendeu a ser bonzinho, a ser um bom filho para agradar os pais, acreditando que dessa maneira seria aceito e amado por eles. Mas quando ele precisa utilizar sua força (agressividade) tão natural no ser humano, ele tem dificuldade para acessá-la, pois ela esta reprimida e muito inconsciente.
Portanto, ele precisa sempre agradar os outros, procurando ser aceito e aprovado. Por isso, sua auto estima é muito baixa, não tem confiança nele mesmo por não saber se defender. Então as outras pessoas ganham uma grande importância em sua vida, tal a necessidade de ser aceito e aprovado por elas, assim como era por seus pais.
É preciso entender que sua segurança e confiança estão fora dele, nas outras pessoas assim como estava nos seus pais. Possuindo baixa auto-estima (amor próprio baixo), isto é ele não se ama e se respeita como deveria; então ele procura esse amor (aprovação nos outros) fora dele, correndo um grande risco de ser rejeitado e desaprovado.
Então muitas vezes ele não se respeita, passando por cima de seus verdadeiros sentimentos, fazendo coisas que não gosta, vestindo e representando um papel de bonzinho para agradar os outros, evitando dessa forma desagradar os amigos e correndo o risco de perder suas amizades.
Muitas vezes quando ele não respeita seus verdadeiros sentimentos, não se impondo, dando limites aos outros, dizendo não para coisas que não gosta, ele convive com uma angustia muito forte que geralmente o leva a depressão.
Quando não somos autênticos e verdadeiros com nossos sentimentos, a depressão esta sempre rondando nossa vida. A depressão sempre nos mostra que estamos fugindo da nossa essência e da nossa verdade interna, que estamos desconectados de nosso coração, por medo da rejeição e de não sermos aceitos e aprovados pelos outros.
Em casos mais leves de fobia social, os pacientes são tomados por ansiedade excessiva quando desempenham tarefas na frente dos outros, como comer num restaurante, assinar um cheque ou outro documento qualquer, participar de uma dinâmica de grupo, de um seminário na faculdade, de uma entrevista de emprego e, principalmente, falar em público.
À medida que esse transtorno evolui, passa para um tipo que chamamos de generalizado e, além das situações de desempenho, a pessoa evita as que favorecem o contato interpessoal (ir a festas, ser apresentada a estranhos, iniciar uma paquera) e nas quais é indispensável perceber como está sendo sua aceitação pelo outro a fim de nortear a pauta para seu comportamento.
Muitas pessoas com fobia social deixaram de se formar na faculdade ou num curso de especialização porque no final seria necessária uma apresentação para a turma e isto seria intolerável. Pacientes que recusaram promoções no trabalho apesar de saberem que era competente o suficiente para a função, mesmo deixando de ganhar mais e bloqueando sua ascensão na empresa, unicamente pelo medo de terem que falar em reuniões de trabalho.
É preciso entender também que nosso corpo é emocional e reage conforme nossas emoções, procurando sempre nos proteger de situações perigosas. O pânico na fobia social ocorre uma tensão tão grande no plexo solar, como um aperto na barriga estrangulando-a como uma couraça (ver Reich) impedindo a descida do diafragma que representa cerca de 70% da respiração natural do nosso organismo. A respiração se torna superior peitoral cerca de 12% apenas, sendo curta e rápida provocando uma hiperventilação (ver mais detalhes), com isso o coração dispara, trabalhando mais rápido que o normal, o cérebro fica hiperventilado causando muita ansiedade e com dificuldade de discernir a realidade e os sentimentos que ocorrem no momento. Nesse momento acontece o chamado “branco” onde a pessoa esquece até o próprio nome. O cérebro entende que a pessoa esta em perigo, (como se tivesse diante de um leão), libera uma descarga grande de adrenalina para a pessoa reagir lutando ou fugindo.
Como a pessoa fóbica tem dificuldade de expressar sua agressividade natural, porque foi privada por seus pais, ela geralmente foge ou evita essas situações que causam grandes tensões emocionais, muitas vezes atrapalhando seu desempenho social e profissional.
Muitas pessoas utilizam o álcool para relaxar em ocasiões sociais, entretanto, para os pacientes com Fobia Social, a ansiedade associada com situações sociais freqüentemente resultam em dependência ao álcool. Esses pacientes utilizam o álcool para auxiliar em situações sociais que os deixam temerosos, e muitos o usam deliberadamente para aliviar os sintomas da ansiedade antecipatória.
Sintomas
Não há sintomas típicos de fobia social; como qualquer transtorno de ansiedade os sintomas são aqueles típicos de qualquer manifestação de ansiedade. O que caracteriza a fobia social particularmente é o desencadeamento dos sintomas sempre que a pessoa é submetida à observação externa enquanto executa uma atividade. Observa-se dentre os fóbicos tremores, sudorese, sensação de bolo na garganta, dificuldade para falar, mal estar abdominal, diarréia, tonteiras, falta de ar, vontade de sair do local onde se encontra o quanto antes. A preocupação por antecipação com as situações onde estará sob apreciação alheia, desperta a ansiedade antecipatória, fazendo com que o paciente fique vários dias antes de uma apresentação sofrendo ao imaginar-se na situação.
Diagnóstico para Fobia Social
  • Escrever ou assinar em público
  • Falar em público
  • Dirigir, estacionar um carro enquanto é observado.
  • Cantar ou tocar um instrumento musical
  • Comer ou beber em público
  • Ser fotografado ou filmado
  • Usar mictórios públicos (mais para homens)

Tratamento de Fobia Social em Jaguariúna: Clínica Selten - F: (19) 3837-4213

Estresse Pós-Traumático

Estresse Pós-Traumático

A característica essencial do Transtorno de Estresse Pós-Traumático é o desenvolvimento de sintomas característicos após a exposição a um extremo estressor traumático, envolvendo a experiência pessoal direta de um evento real ou ameaçador que envolve morte, sério ferimento ou outra ameaça à própria integridade física; ter testemunhado um evento que envolve morte, ferimentos ou ameaça à integridade física de outra pessoa; ou o conhecimento sobre morte violenta ou inesperada, ferimento sério ou ameaça de morte ou ferimento experimentados por um membro da família ou outra pessoa em estreita associação com o indivíduo.

A resposta ao evento deve envolver intenso medo, impotência ou horror (em crianças, a resposta pode envolver comportamento desorganizado ou agitado). Os sintomas característicos resultantes da exposição a um trauma extremo incluem uma revivência persistente do evento traumático, esquiva persistente de estímulos associados com o trauma, embotamento da responsividade geral e sintomas persistentes de excitação aumentada.

O quadro sintomático completo deve estar presente por mais de 1 mês e a perturbação deve causar sofrimento ou prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, ocupacional ou outras áreas importantes da vida do indivíduo.

Os eventos traumáticos vivenciados diretamente incluem, mas não se limitam a, combate militar, agressão pessoal violenta (ataque sexual, ataque físico, assalto à mão armada, roubo), seqüestro, ser tomado como refém, ataque terrorista, tortura, encarceramento como prisioneiro de guerra ou em campo de concentração, desastres naturais ou causados pelo homem, graves acidentes automobilísticos ou receber o diagnóstico de uma doença que traz risco de vida.

Para crianças, os eventos sexualmente traumáticos podem incluir experiências sexuais inadequadas em termos do desenvolvimento, sem violência ou danos físicos reais ou ameaçadores. Os eventos testemunhados incluem, mas não se limitam a, observar sérios ferimentos ou morte não-natural de uma outra pessoa devido a ataque violento, acidente, guerra ou desastre, ou deparar-se inesperadamente com um cadáver ou partes de corpos humanos.

Os eventos vivenciados por outros, dos quais o indivíduo toma conhecimento, incluem, mas não se limitam a, ataque pessoal violento, sério acidente ou ferimentos graves sofridos por um membro da família ou amigo íntimo; conhecimento da morte súbita ou inesperada de um membro da família ou amigo íntimo; conhecimento de uma doença com risco de vida em um dos filhos.

O transtorno pode ser especialmente severo ou duradouro quando o estressor é de origem humana (por ex., tortura, estupro). A probabilidade do desenvolvimento deste transtorno pode aumentar com aumento da intensidade e proximidade do estressor.

O evento traumático pode ser revivido de várias maneiras. Geralmente, a pessoa tem recordações recorrentes e intrusivas do evento ou sonhos aflitivos recorrentes, durante os quais o evento é reencenado.

Em casos raros, a pessoa experimenta estados dissociativos que duram de alguns segundos a várias horas, ou mesmo dias, durante os quais os componentes do evento são revividos e a pessoa comporta-se como se o vivenciasse naquele instante.

Intenso sofrimento psicológico ou reatividade fisiológica freqüentemente ocorrem quando a pessoa é exposta a eventos ativadores que lembram ou simbolizam um aspecto do evento traumático (por ex., aniversários do evento traumático; tempo frio ou guardas uniformizados para sobreviventes de campos de extermínio em climas frios; tempo quente e úmido para veteranos de combate do Pacífico Sul; ingresso em qualquer elevador para uma mulher que foi estuprada em um elevador).

Os estímulos associados com o trauma são persistentemente evitados. O indivíduo em geral faz esforços deliberados no sentido de evitar pensamentos, sentimentos ou conversas sobre o evento traumático e de evitar atividades, situações e pessoas que provoquem recordações do evento. Esta esquiva de lembretes pode incluir amnésia para um aspecto importante do evento traumático.

Uma responsividade diminuída ao mundo externo, conhecida como "torpor psíquico" ou "anestesia emocional", geralmente começa logo após o evento traumático. O indivíduo pode queixar-se de acentuada diminuição do interesse ou da participação em atividades anteriormente prazerozas, de se sentir deslocado ou afastado de outras pessoas, ou de ter uma capacidade acentuadamente reduzida de sentir emoções (especialmente aquelas associadas com intimidade, ternura e sexualidade).

O indivíduo pode ter um sentimento de futuro abreviado (por ex., não espera ter uma carreira, casamento, filhos ou um tempo normal de vida. O indivíduo tem sintomas persistentes de ansiedade ou maior excitação que não estavam presentes antes do trauma. Estes sintomas podem incluir dificuldades em conciliar ou manter o sono, possivelmente devido a pesadelos recorrentes durante os quais o evento traumático é revivido, hipervigilância e resposta de sobressalto exagerada. Alguns indivíduos podem relatar irritabilidade ou ataques de raiva ou dificuldades em concentrar-se ou completar tarefas.

Características e Transtornos Associados
Características descritivas e transtornos mentais associados. Os indivíduos com Transtorno de Estresse Pós-Traumático podem descrever sentimentos de culpa por terem sobrevivido quando outros morreram ou pelas coisas que tiveram de fazer para sobreviverem.

A esquiva fóbica de situações ou atividades que lembram ou simbolizam o trauma original pode interferir nos relacionamentos interpessoais e acarretar conflito conjugal, divórcio ou perda do emprego. A seguinte constelação de sintomas associados pode ocorrer, sendo vista com maior freqüência em associação com um estressor interpessoal (por ex., abuso físico ou sexual na infância, espancamento doméstico, ser tomado como refém, encarceramento como prisioneiro de guerra ou em campo de concentração, tortura): prejuízo na modulação do afeto; comportamento autodestrutivo e impulsivo; sintomas dissociativos; queixas somáticas; sensações de inutilidade, vergonha, desespero ou desamparo; sensação de dano permanente; perda de crenças anteriormente mantidas; hostilidade; retraimento social; sensação de constante ameaça; prejuízo no relacionamento com outros; ou uma mudança nas características anteriores de personalidade do indivíduo.

Características Específicas à Cultura e à Idade
Os indivíduos que emigraram recentemente de áreas de considerável convulsão social e conflito civil podem ter índices elevados de Transtorno de Estresse Pós-Traumático. Essas pessoas podem sentir-se especialmente relutantes em divulgar experiências de tortura e trauma, devido à sua situação vulnerável como exilados políticos.

Avaliações específicas de experiências traumáticas e sintomas concomitantes são necessárias para esses indivíduos.

Em crianças mais jovens, os sonhos aflitivos com o evento podem, em algumas semanas, mudar para pesadelos generalizados com monstros, com o salvamento de outros ou com ameaças a si mesmas ou a outros. As crianças pequenas em geral não têm o sentimento de estarem revivendo o passado; ao invés disso, a revivência do trauma pode ocorrer através de jogos repetitivos (por ex., uma criança que esteve envolvida em um sério acidente automobilístico reencena repetidamente colisões automobilísticas com carrinhos de brinquedo).

Em vista da dificuldade de uma criança em relatar diminuição no interesse por atividades significativas e limitação do afeto, esses sintomas devem ser atentamente avaliados mediante relatos feitos pelos pais, professores e outros observadores. Em crianças, o sentimento de um futuro abreviado pode ser evidenciado pela crença de que a vida será demasiado curta para incluir a chegada à idade adulta.

Pode também haver um "presságio catastrófico", isto é, a crença em uma capacidade de prever eventos futuros indesejados. As crianças também podem apresentar vários sintomas físicos, tais como dores abdominais ou de cabeça.

Prevalência
Estudos comunitários revelam uma prevalência durante a vida do Transtorno de Estresse Pós-Traumático variando de 1 a 14%, estando a variabilidade relacionada aos métodos de determinação e à população amostrada. Estudos de indivíduos de risco (por ex., veteranos de guerra, vítimas de erupções vulcânicas ou violência criminal) cederam taxas de prevalência variando de 3 a 58%.

Curso
O Transtorno de Estresse Pós-Traumático pode ocorrer em qualquer idade, incluindo a infância. Os sintomas em geral iniciam nos primeiros 3 meses após o trauma, embora possa haver um lapso de meses ou mesmo anos antes do seu aparecimento. Freqüentemente, a perturbação inicialmente satisfaz os critérios para Transtorno de Estresse Agudo imediatamente após o trauma.

Os sintomas do transtorno e o relativo predomínio da reexperiência, esquiva e sintomas de hiperexcitação podem variar com o tempo. A duração dos sintomas varia, ocorrendo recuperação completa dentro de 3 meses em aproximadamente metade dos casos, com muitos outros apresentando sintomas persistentes por mais de 12 meses após o trauma.

A gravidade, duração e proximidade da exposição de um indivíduo ao evento traumático são os fatores mais importantes afetando a probabilidade de desenvolvimento deste transtorno. Existem algumas evidências de que os suportes sociais, história familiar, experiências da infância, variáveis da personalidade e transtornos mentais preexistentes podem influenciar o desenvolvimento do Transtorno de Estresse Pós-Traumático. Este transtorno pode desenvolver-se em indivíduos sem quaisquer condições predisponentes, em particular se o estressor for especialmente extremo.

Critérios Diagnósticos: Transtorno de Estresse Pós-Traumático
A. Exposição a um evento traumático no qual os seguintes quesitos estiveram presentes:
(1) a pessoa vivenciou, testemunhou ou foi confrontada com um ou mais eventos que envolveram morte ou grave ferimento, reais ou ameaçados, ou uma ameaça à integridade física, própria ou de outros;
(2) a resposta da pessoa envolveu intenso medo, impotência ou horror.
Nota: Em crianças, isto pode ser expressado por um comportamento desorganizado ou agitado
B. O evento traumático é persistentemente revivido em uma (ou mais) das seguintes maneiras:
(1) recordações aflitivas, recorrentes e intrusivas do evento, incluindo imagens, pensamentos ou percepções.
Nota: Em crianças pequenas, podem ocorrer jogos repetitivos, com expressão de temas ou aspectos do trauma;
(2) sonhos aflitivos e recorrentes com o evento.
Nota: Em crianças podem ocorrer sonhos amedrontadores sem um conteúdo identificável;
(3) agir ou sentir como se o evento traumático estivesse ocorrendo novamente (inclui um sentimento de revivência da experiência, ilusões, alucinações e episódios de flashbacks dissociativos, inclusive aqueles que ocorrem ao despertar ou quando intoxicado).
Nota: Em crianças pequenas pode ocorrer reencenação específica do trauma;
(4) sofrimento psicológico intenso quando da exposição a indícios internos ou externos que simbolizam ou lembram algum aspecto do evento traumático;
(5) reatividade fisiológica na exposição a indícios internos ou externos que simbolizam ou lembram algum aspecto do evento traumático.
C. Esquiva persistente de estímulos associados com o trauma e entorpecimento da responsividade geral (não presente antes do trauma), indicados por três (ou mais) dos seguintes quesitos:
(1) esforços no sentido de evitar pensamentos, sentimentos ou conversas associadas com o trauma;
(2) esforços no sentido de evitar atividades, locais ou pessoas que ativem recordações do trauma;
(3) incapacidade de recordar algum aspecto importante do trauma;
(4) redução acentuada do interesse ou da participação em atividades significativas;
(5) sensação de distanciamento ou afastamento em relação a outras pessoas;
(6) faixa de afeto restrita (por ex., incapacidade de ter sentimentos de carinho);
(7) sentimento de um futuro abreviado (por ex., não espera ter uma carreira profissional, casamento, filhos ou um período normal de vida).
D. Sintomas persistentes de excitabilidade aumentada (não presentes antes do trauma), indicados por dois (ou mais) dos seguintes quesitos:
(1) dificuldade em conciliar ou manter o sono
(2) irritabilidade ou surtos de raiva
(3) dificuldade em concentrar-se
(4) hipervigilância
(5) resposta de sobressalto exagerada.
E. A duração da perturbação (sintomas dos Critérios B, C e D) é superior a 1 mês.
F. A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.

Fonte: DSM.IV


Tratamento de Estresse em Jaguariúna: Clínica Selten - F: (19) 3837-4213

Depressão

O quadro de sintomas nas reações de depressão é fundamentalmente, o oposto ao encontrado em reações maníacas. Também existem diferentes graus.

Depressão simples.

Na depressão simples, os sintomas notáveis são os seguintes: perda de entusiasmo e redução geral de atividade física e mental. O paciente sente-se abatido e desanimado. O trabalho e outras atividades exigem esforço, parecem não merecer tal cuidado. Os sentimentos de desvalia, fracasso, pecado e culpa dominam seus lentos processos de pensamentos. Sua perda de interesse pelas coisas que o cercam atinge a alimentação e usualmente se reflete em perca de peso e dificuldade de digestão. A conversa é realizada de modo monótono, e as perguntas são respondidas em poucas palavras. De modo geral, o paciente prefere sentar-se sozinho, considerar os seus pecados e não vê esperança no futuro. A preocupação com o suicídio é comum, e pode haver tentativas de suicídio real.

Apesar do retardamento mental e motor, no entanto, o paciente não mostra uma perda real de consciência ou desorientação afetiva. Sua memória não é atingida e é capaz de responder, de maneira bem satisfatória, desde que tenha tempo para isso. Muitos pacientes têm certa compreensão de sua condição e reconhecem que precisam de tratamento, embora possam não admitir que estejam deprimidos, mas, ao contrario, acentuem varas doenças físicas; por exemplo, dor de cabeça, fadiga, perda de apetite e insônia. No entanto, nas reações de depressão o paciente geralmente insiste que suas doenças e outras dificuldades constituem castigo por vários erros e pecados cometidos anteriormente.

Depressão aguda.

Nas reações de depressão aguda, aumenta o retardamento físico e mental. O paciente se torna cada vez mais inativo, tende a isolar-se dos outros, não fala espontaneamente e é extremamente lento em suas respostas. O sentimento de culpa e desvalia torna-se mais acentuados e o paciente tende a acusar-se. Pode considerar-se responsável por pragas, enchentes ou crises econômicas, e insistir que cometeu todos os tipos de pecados horríveis e que estes trarão infelicidade a todos.

Os delírios podem caracterizar-se por hipocondria e, acordo que essa disposição mórbida, o paciente pode acreditar que seu cérebro esta sendo destruído, que seus órgãos internos “se petrificam aos poucos”, ou que seus intestinos estão completamente inertes. Geralmente culpa, por essas doenças, praticas sexuais anteriores ou outros pecados que prejudicaram sua saúde e pelos quais agora está sendo castigado.

O prognostico que o paciente apresenta para si mesmo é muito desfavorável. Não vê esperança pra seu caso. Os remédios são inúteis, e só pode prever um fim terrível. As vezes aparecem sentimentos de irrealidade e leves alucinações, sobretudo com relação a idéias de pecado, culpa e doença. As idéias persistentes de suicídio tem grande importância, e o paciente pode mostrar grande capacidade inventiva e grande astúcia ao fugir de vigilantes e conseguir terminar o seu sofrimento.

Letargia depressiva.

No grau mais severo de retardamento e depressão, o paciente se torna quase que inteiramente inativo e incapaz de responder ao ambiente. Usualmente fica na cama, inteiramente indiferente ao que ocorre perto dele. Recusa-se a falar, a comer; é preciso alimentá-lo através de um tubo e é preciso cuidar de sua higiene pessoal. Existe marcante confusão quanto a tempo, lugar e pessoa, existem alucinações e delírios muitos nítidos, sobretudo os que incluem fantasias grotescas a respeito de pecado, morte e renascimento. Durante esse período ele sofre de prisão de ventre e deficiência na saúde física geral.


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Ataque de Pânico

A característica essencial de um Ataque de Pânico é um período distinto de intenso medo ou desconforto acompanhado por pelo menos 4 de 13 sintomas somáticos ou cognitivos. O ataque tem um início súbito e aumenta rapidamente, atingindo um pico (em geral em 10 minutos acompanhado por um sentimento de perigo ou catástrofe iminente e um anseio por escapar.

Os 13 sintomas somáticos ou cognitivos são: palpitações, sudorese, tremores ou abalos, sensações de falta de ar ou sufocamento, sensação de asfixia, dor ou desconforto torácico, náusea ou desconforto abdominal, tontura ou vertigem, desrealização ou despersonalização, medo de perder o controle ou de "enlouquecer", medo de morrer, parestesias e calafrios ou ondas de calor.

Os ataques que satisfazem todos os demais critérios, mas têm menos de 4 sintomas somáticos ou cognitivos são chamados de ataques com sintomas limitados.

Os indivíduos que buscam os cuidados médicos para ataques de pânico inesperados geralmente descrevem o medo como intenso e relatam que achavam que estavam prestes a morrer, perder o controle, ter um ataque cardíaco ou acidente vascular encefálico ou "enlouquecer". Eles também citam, geralmente, um desejo urgente de fugir de onde quer que o ataque esteja ocorrendo.

Com ataques recorrentes, parte do intenso temor pode dissipar-se. A falta de ar é um sintoma comum nos ataques de pânico associados com transtorno de pânico com e sem Agorafobia. O rubor facial é comum em Ataques de Pânico ligados a situações relacionadas à ansiedade social e de desempenho.

Os Ataques de Pânico podem ocorrer em uma variedade de Transtornos de Ansiedade (por ex., Transtorno de Pânico, Fobia Social, Fobia Específica, Transtorno de Estresse Pós-Traumático, Transtorno de Estresse Agudo). Na determinação da importância diagnóstica diferencial de um Ataque de Pânico, é crucial considerar o contexto no qual ocorre o Ataque de Pânico.

Existem três tipos característicos de Ataques de Pânico, com diferentes relacionamentos entre o início do ataque e a presença ou ausência de ativadores situacionais:

Ataques de Pânico inesperados (não evocados), nos quais o início do Ataque de Pânico não está associado com um ativador situacional (isto é, ocorre espontaneamente, "vindo do nada");

Ataques de Pânico ligados a situações (evocados), nos quais o Ataque de Pânico ocorre, quase que invariavelmente, logo após à exposição ou antecipação a um evocador ou ativador situacional (por ex., ver uma cobra ou um cão sempre ativa um Ataque de Pânico imediato);

Ataques de Pânico predispostos pela situação, que tendem mais a ocorrer na exposição ao evocador ou ativador situacional, mas não estão invariavelmente associados ao evocador e não ocorrem necessariamente após a exposição (por ex., os ataques tendem mais a ocorrer quando o indivíduo está dirigindo, mas existem momentos em que a pessoa dirige e não tem um Ataque de Pânico ou momentos em que o Ataque de Pânico ocorre após dirigir por meia hora).

A ocorrência de Ataques de Pânico inesperados é um requisito para o diagnóstico de Transtorno de Pânico (com ou sem Agorafobia). Ataques de Pânico ligados a situações são mais característicos da Fobia Social e Fobia Específica. Os Ataques de Pânico predispostos por situações são especialmente freqüentes no Transtorno de Pânico, mas às vezes podem ocorrer na Fobia Específica ou Fobia Social.

O diagnóstico diferencial de Ataques de Pânico é complicado pelo fato de nem sempre existir um relacionamento exclusivo entre o diagnóstico e o tipo de Ataque de Pânico. Por exemplo, embora o Transtorno de Pânico por definição exija que pelo menos alguns dos Ataques de Pânico sejam inesperados, os indivíduos com Transtorno de Pânico muitas vezes relatam ataques ligados a situações, particularmente no curso mais tardio do transtorno.

Critérios para Ataque de Pânico
Um período distinto de intenso temor ou desconforto, no qual quatro (ou mais) dos seguintes sintomas desenvolveram-se abruptamente e alcançaram um pico em 10 minutos:
(1) palpitações ou ritmo cardíaco acelerado
(2) sudorese
(3) tremores ou abalos
(4) sensações de falta de ar ou sufocamento
(5) sensações de asfixia
(6) dor ou desconforto torácico
(7) náusea ou desconforto abdominal
(8) sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio
(9) desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização (estar distanciado de si mesmo)
(10) medo de perder o controle ou enlouquecer
(11) medo de morrer
(12) parestesias (anestesia ou sensações de formigamento)
(13) calafrios ou ondas de calor.

Fonte: DSM.IV


Tratamento de Ataque de Pânico em Jaguariúna: Clínica Selten - F: (19) 3837-4213

Ansiedade

A característica essencial de Ansiedade é a preocupação excessiva (expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria dos dias por um período de pelo menos 6 meses, acerca de diversos eventos ou atividades. O indivíduo considera difícil controlar a preocupação.

A ansiedade e a preocupação são acompanhadas de pelo menos três sintomas adicionais, de uma lista que inclui inquietação, fatigabilidade, dificuldade em concentrar-se, irritabilidade, tensão muscular e perturbação do sono (apenas um sintoma adicional é exigido em crianças).

Embora os indivíduos com Ansiedade Generalizada nem sempre sejam capazes de identificar suas preocupações como "excessivas", eles relatam sofrimento subjetivo devido à constante preocupação, têm dificuldade em controlar a preocupação, ou experimentam prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes.

A intensidade, duração ou freqüência da ansiedade ou preocupação são claramente desproporcionais à real probabilidade ou impacto do evento temido. A pessoa considera difícil evitar que as preocupações interfiram na atenção a tarefas que precisam ser realizadas e têm dificuldade em parar de se preocupar.

Os adultos com Ansiedade freqüentemente se preocupam com circunstâncias cotidianas e rotineiras, tais como possíveis responsabilidades no emprego, finanças, saúde de membros da família, infortúnio acometendo os filhos ou questões menores (tais como tarefas domésticas, consertos no automóvel ou atrasos a compromissos).

As crianças com Ansiedade tendem a exibir preocupação excessiva com sua competência ou a qualidade de seu desempenho. Durante o curso do transtorno, o foco da preocupação pode mudar de uma preocupação para outra.

Características e Transtornos Associados
Pode haver tremores, abalos e dores musculares, nervosismo ou irritabilidade, associados à tensão muscular. Muitos indivíduos com Ansiedade Generalizada também experimentam sintomas somáticos (por ex., mãos frias e pegajosas; boca seca; sudorese; náusea e diarréia; freqüência urinária; dificuldade para engolir ou "nó na garganta") e uma resposta de sobressalto exagerada. Sintomas depressivos também são comuns.

Características Específicas à Cultura, à Idade e ao Gênero
Existem uma considerável variação cultural na expressão da ansiedade (por ex., em algumas culturas, a ansiedade é expressada predominantemente por sintomas somáticos, em outras, por sintomas cognitivos). É importante considerar o contexto cultural ao determinar se as preocupações com determinadas situações são excessivas.

Em crianças e adolescentes com Ansiedade Generalizada, a ansiedade e preocupação freqüentemente envolvem a qualidade de seu desempenho na escola ou em eventos esportivos, mesmo quando seu desempenho não está sendo avaliado por outros. Pode haver preocupação excessiva com a pontualidade. Elas também podem preocupar-se com eventos catastróficos tais como terremotos ou guerra nuclear.

As crianças com o transtorno podem ser excessivamente conformistas, perfeccionistas e inseguras, apresentando uma tendência a refazer tarefas em razão de excessiva insatisfação com um desempenho menos que perfeito. Elas demonstram excessivo zelo na busca de aprovação e exigem constantes garantias sobre seu desempenho e outras preocupações.

Em contextos clínicos, o transtorno é diagnosticado com uma freqüência um pouco maior em mulheres do que em homens (cerca de 55-60% dos indivíduos que se apresentam com o transtorno são mulheres). Em estudos epidemiológicos, a proporção entre os sexos é de aproximadamente dois terços de mulheres.

Muitos indivíduos com Ansiedade Generalizada afirmam que sentiram ansiedade e nervosismo durante toda a vida. Embora mais de metade daqueles que se apresentam para tratamento relatem um início na infância ou adolescência, o início após os 20 anos não é incomum. O curso é crônico, mas flutuante, e freqüentemente piora durante períodos de estresse.

Diversas características diferenciam o Transtorno de Ansiedade Generalizada da ansiedade não-patológica. Em primeiro lugar, as preocupações associadas com a Ansiedade Generalizada são difíceis de controlar e tipicamente interferem de modo significativo no funcionamento, enquanto as preocupações da vida cotidiana são percebidas como mais controláveis e podem ser adiadas até mais tarde. Em segundo lugar, as preocupações associadas com Ansiedade Generalizada são mais invasivas, pronunciadas, aflitivas e duradouras e freqüentemente ocorrem sem desencadeantes.

Quanto mais numerosas forem as circunstâncias de vida com as quais a pessoa se preocupa excessivamente (finanças, segurança dos filhos, desempenho no emprego, reparos no automóvel), mais provável é o diagnóstico. Em terceiro lugar, as preocupações cotidianas estão muito menos propensas a serem acompanhadas de sintomas físicos (por ex., fadiga excessiva, inquietação, sensação de "nervos à flor da pele", irritabilidade), embora isto seja menos verdadeiro para crianças.

Critérios Diagnósticos: Ansiedade Generalizada

A. Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria dos dias por pelo menos 6 meses, com diversos eventos ou atividades (tais como desempenho escolar ou profissional).
B. O indivíduo considera difícil controlar a preocupação.
C. A ansiedade e a preocupação estão associadas com três (ou mais) dos seguintes seis sintomas (com pelo menos alguns deles presentes na maioria dos dias nos últimos 6 meses). Nota: Apenas um item é exigido para crianças.
(1) inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele
(2) fatigabilidade
(3) dificuldade em concentrar-se ou sensações de "branco" na mente
(4) irritabilidade
(5) tensão muscular
(6) perturbação do sono (dificuldades em conciliar ou manter o sono, ou sono insatisfatório e inquieto) .

D. A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.

Fonte: DSM.IV


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Agorafobia

A característica essencial da Agorafobia é uma ansiedade acerca de estar em locais ou situações das quais escapar poderia ser difícil (ou embaraçoso) ou nas quais o auxílio pode não estar disponível na eventualidade de ter um Ataque de Pânico ou sintomas tipo pânico (por ex., medo de ter um ataque súbito de tontura ou um ataque súbito de diarréia).

A ansiedade tipicamente leva à esquiva global de uma variedade de situações, que podem incluir: estar sozinho fora de casa ou estar sozinho em casa; estar em meio a uma multidão; viajar de automóvel, ônibus ou avião, ou estar em uma ponte ou elevador.

Alguns indivíduos são capazes de se expor às situações temidas, mas enfrentam essas experiências com considerável temor. Freqüentemente, um indivíduo é mais capaz de enfrentar uma situação temida quando acompanhado por alguém de confiança.

A esquiva de situações pode prejudicar a capacidade do indivíduo de ir ao trabalho ou realizar atividades cotidianas (por ex., fazer compras do dia-a-dia, levar os filhos ao médico). A ansiedade ou esquiva fóbica não é mais bem explicada por um outro transtorno mental.

A sensação de estar em locais de onde sair é difícil, onde possa passar mal sem ser socorrido desenvolve os sintomas da agorafobia.

A Ansiedade agorafóbica pode ser inclusive, antecipatória, ou seja, aparecer diante da simples possibilidade de ter que enfrentar determinadas situações. Essa Ansiedade antecipatória pode levar ao afastamento (fuga) dessas situações causadoras da fobia. Tais situações podem incluir:

a) - estar sozinho fora de casa ou estar sozinho em casa;
b) - estar em meio a uma multidão;
c) - viajar de automóvel, ônibus ou avião;
d) - estar em uma ponte ou lugar alto.

Alguns indivíduos mais teimosos podem ser capazes de se expor às situações causadoras de Ansiedade agorafóbica, até com o propósito de tentar melhorar pelo enfrentamento intencional, mas acabam sempre experimentando considerável temor. De um modo geral essas pessoas são mais capazes de enfrentar as situações temidas quando acompanhado por alguém de confiança. A esquiva ou fuga dessas situações pode prejudicar, de alguma forma, o desempenho sócio-ocupacional da pessoa.

O diagnóstico diferencial para se distinguir os quadros deAgorafobia, Fobia Social, Fobia Específica e Transtorno de Ansiedade de Separação pode ser difícil, uma vez que todas essas condições se caracterizam pelo afastamento e evitação de situações específicas. Clinica e terapeuticamente falando, entretanto, tal dificuldade parece não ter a mínima importância, devido ao fato do tratamento psicólogo ser, basicamente, o mesmo para todos esses casos.

O diagnóstico diferencial para distinguir entre Agorafobia e Fobia Social, Fobia Específica e Transtorno de Ansiedade de Separação severo pode ser difícil, uma vez que todas essas condições caracterizam-se pela esquiva de situações específicas.

Critérios para Agorafobia
A. Ansiedade acerca de estar em locais ou situações de onde possa ser difícil (ou embaraçoso) escapar ou onde o auxílio pode não estar disponível, na eventualidade de ter um Ataque de Pânico inesperado ou predisposto pela situação, ou sintomas tipo pânico. Os temores agorafóbicos tipicamente envolvem agrupamentos característicos de situações, que incluem: estar fora de casa desacompanhado; estar em meio a uma multidão ou permanecer em uma fila; estar em uma ponte; viajar de ônibus, trem ou automóvel.
Nota: Considerar o diagnóstico de Fobia Específica, se a esquiva se limita apenas a uma ou algumas situações específicas, ou de Fobia Social, se a esquiva se limita a situações sociais.

B. As situações são evitadas (por ex., viagens são restringidas) ou suportadas com acentuado sofrimento ou com ansiedade acerca de ter um Ataque de Pânico ou sintomas tipo pânico, ou exigem companhia.

C. A ansiedade ou esquiva agorafóbica não é melhor explicada por um outro transtorno mental, como
Fobia Social (por ex., a esquiva se limita a situações sociais pelo medo do embaraço), Fobia Específica (por ex., a esquiva se limita a uma única situação, como elevadores), Transtorno Obsessivo-Compulsivo (por ex., esquiva à sujeira, em alguém com uma obsessão de contaminação), Transtorno de Estresse Pós-Traumático (por ex., esquiva de estímulos associados com um estressor severo) ou Transtorno de Ansiedade de Separação (por ex., esquiva a afastar-se do lar ou de parentes).

Caso você se identifique com alguns desses sintomas, procure ajuda de um profissional de saúde. Como psicólogo clínico em campinas, utilizo para tratamento de agorafobia a psicoterapia breve, hipnose, terapia da regressão, EMDR e psicoterapia bioenergética.

Fonte: DSM.IV


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